segunda-feira, 18 de junho de 2018

Duas rosas e uma lua

Fotografia sobre a primeira noite de 2018 - Arquivo pessoal

De todas as paisagens possíveis para se admirar
Eu me perco neste Céu, nas estrelas e no luar.
É tão misterioso a forma como ele ilumina.
É algo inspirador, motivador, que me anima.


Uma Lua, suas fases,
Consegue estar ao mesmo tempo em vários lugares.
A lua cheia é a mais admirada
Imagina a olhar por uma longa estrada?


Sobre o dia, a natureza, também irei citar.
As rosas para mim, tem um símbolo particular.
Para cada cor de rosa um significado,
Como presente é uma demonstração de ser amado.


Duas rosas e um luar,
entendam aonde quero chegar.
Não é sobre olhar para o céu e encontrar essa imagem.
É sobre ter na memória como bagagem...


Várias luas, várias rosas, várias histórias.
Um livro de lembranças.
É sobre poder refletir sobre suas andanças.
Outro ano se inicia e melhor você pode ser
Só basta você então querer.

Veronica Silveira

sábado, 2 de junho de 2018

Jesus Cristo e Marielle

O evangelho deste domingo (Mc 2, 23-3,6), tem um “versículo discreto” que diz muito a respeito de que tipo de humanidade Cristo sempre pretendeu na sua missão de fazer acontecer o Reino de Deus. Antes de curar certo homem da mão seca (cf. Mc 3, 1), Jesus coloca-o no meio, no centro: “Levanta-te e fica aqui no meio! ” (Mc 3, 3). É isso que Cristo quer dos seus seguidores, que sejam capazes de trazer para o meio quem tem necessidade de cuidados, de atenção. 
Ao lembrar disso, recordo Marielle, morta dia 14 de março deste ano e que hoje completa-se 80 dias de não resolução de seu caso. Seu histórico, suas lutas, sua causa e convicções traduzem e nos dão noção dessa mesma atitude de Jesus, de colocar a humanidade sofredora no centro de todo o cuidado. Sim! Ela defendia os prediletos de Jesus. Ela estava no mesmo lado de Jesus. Não neguemos!
As semelhanças das atitudes de Marielle com as muitas de Jesus, se dá também no fim de suas vidas. A vida dessa “mulher ousada”, foi ceifada por uma submetralhadora HK MP5 e ancorada em uma não resolução do caso. Quem manda querer se preocupar tal e qual a Jesus, mulher? Quem mandou se preocupar com os que ocupam as margens de nosso país? Quem mandou trazer os homens e as mulheres para o meio? 
Jesus, depois de restabelecer tantas outras vidas, foi morto. Não com uma submetralhadora, mas condenado numa cruz. Em dias como nosso, quem se detêm seriamente em trazer quem está a margem para o centro, não tem tempo para perceber os que tramam sua morte e defender-se a si próprio. Se entrega tanto ao outro, que esquece de si. “Ao saírem, os fariseus com os partidários de Herodes imediatamente tramaram, contra Jesus, a maneira como haveriam de matá-lo” (Mc 3, 6). 
Cristificar-se até a doação da própria vida.

Frei Leandro Costa, OFM