quinta-feira, 1 de maio de 2014

Boas Vindas!


Se você já esteve "falando sozinho" em público - sim, isso é possível! -, já se pegou pensando em questões existenciais e insolúveis ou sofreu qualquer tipo de dificuldade por dizer coisas que as pessoas ditas "comuns" classificariam como coisa de doido ou de outro mundo, então pode se achegar e ficar à vontade que O Saber Inútil é todo nosso! É o lugar privilegiado para conversarmos sobre esses e muitos outros assuntos. Aguarde as novidades. Leia, comente, manifeste-se!

De Anima


Se ainda recordo algo de minhas aulas de latim, a palavra "ânimo" significa, etimologicamente, "alma". Assim, se você professa algum credo, recordará do que lhe fora incutido ao longo de alguns anos de doutrinação e associará este termo à noção de algo sobrenatural que existe em você e em todos os outros seres humanos, algo que te qualifica superior, por exemplo, à matéria inorgânica do planeta - certa pretensão, diga-se de passagem. Se não professa credo algum mas teve qualquer contato com a Filosofia, recordará do que lhe fora incutido num período de doutrinação, no qual a alma é frequentemente associada à uma noção de racionalidade. Sob o prisma platônico, por exemplo, ela é a única via de acesso à realidade que se encontra exclusivamente num plano transcendente. E se não professa credo algum e tampouco teve contato com a Filosofia, lembrar-se-á do que lhe fora incutido num período de doutrinação no qual alma é exclusivamente uma noção cristã de algo imaterial que exista nas pessoas, mas não em você, já que não acredita em nada - isso também é discutível. O fato é que todas as noções de alma fazem alusão a algo que exista dentro de alguém, dentro de nós. E é aí que quero chegar. E embora pareça obvio, estar "animado" depende exclusivamente de nós. Disso decorre que, esperar que algum fator externo te anime é aguardar uma possessão.