terça-feira, 1 de novembro de 2016

Corra Lola! Corra!

Ah, mundo!! Ele exige que sejamos uma fortaleza, um poço de certeza e um compêndio de realizações. Todo dia uma batalha. Não lhe darei falsas esperanças, isso não vai mudar.
Agora vamos atravessar o espelho e falar de coisas aparentemente não tão positivas... Aparentemente.
Como por exemplo, aqueles momentos em que queremos fugir, quando nossas pernas querem apenas correr. Para essas situações eu tenho um conselho: Fuja! Corra! Se esconda!
Busque seu cantinho, que seja em baixo da pia ou na cama quentinha. Vá comprar cigarros, chocolates ou um lápis, vá e demore um pouco mais para voltar. A poeira vai baixar e todas as cores voltam depois da tempestade.
Não há nada de errado em se esconder. Às vezes o meu monstro é muito maior que eu, mas e daí? Só preciso de um tempo para remendar minha coragem. Há coisas que não conseguimos encarar e não somos menos dignos por conta disso. O que você não tem, você não precisa agora.
Suas certezas te abandonaram? Talvez vocês não sejam mais uma boa companhia uma para outra, deixe-as partir. Talvez seja a hora de tirar a fantasia de Sísifo e parar de fazer coisas que não levam a nada, não mais.
Minhas incertezas são as minhas orações e há virtude nelas, há luz. Elas mudam minhas lentes, meus pontos de vista e minha pele. Como é bom trocar a pele! E quando não, de repente, você se vê na estrada sem nenhum destino? Sem objetivos? A inércia programada (expressão que inventei agora) te oferece a oportunidade de avaliar as possibilidades. Não aquelas que você perdeu. Essas são mortas, esqueça. Seria um desperdício de tempo e neurônios. Poupe-os. Mas, caso tenha uma segunda chance, então agradeça. O importante é manter a calma, não se lance ao abismo. Qual foi o contrato que assinamos no ventre de nossas mães que, assim que lançados no mundo, teríamos certeza de tudo? A vida te oferece respostas. Mesmo que você não saiba, você ainda pode sentir. Se não conseguir sentir, espere... Apenas espere.